O fato de nosso personagem ser punk é a clara discordância que tenho da sociedade. Ser punk é estar contra a sociedade, contra o sistema. E ele estar desassociado de toda essa doença que se tornou o povo brasileiro o torna, ao meu ver, mais saudável de que a maioria. O torna mais aquilo que eu gostaria de ser, mais livre, mais forte.

O grau de distorção de valores, a ótica doentia do que é normal e diferente vai de contra todas as expectativas que se tinha quando garoto dos anos 80. Naquela época, apesar da ideia de futuro ser “Mad Max”, apocalíptica… tínhamos a ideia que questões já discutidas, ficariam no passado – que ideias cansadamente postas em pauta não precisariam estar sendo revisitada por necessidade, por puro Alzheimer coletivo. Quando na música dizia que o futuro é Vortex, não achava que seria assim.

Então para mim, o Paquiderme punk, se faz cada vez mais necessário, para podermos comparar a insanidade saudável da doença da normalidade… 

Vida Longa! Paquiderme Punk.