À espera do primeiro filho enchia de felicidade aquele casal. Norah e David curtiram a gravidez com muito amor e nada poderia intervir de negativo em suas vidas. Mas uma série de circunstâncias adversas, como uma violenta nevasca, vieram surpreendê-los com os primeiros sinais de que o bebê estava chegando. David era um médico traumatologista e, além do pânico de pais de primeira viagem, eles tiveram que lidar com estradas bloqueadas, que os impediam de chegar a um hospital.  A solução era ir ao consultório do marido, contando apenas com a ajuda da enfermeira que o assistia há muitos anos. O parto foi bem sucedido e a chegada de uma lindo menino parecia que tudo estava dentro da normalidade. Mas Norah continuava a sentir contrações e a surpresa foi grande quando viram que outro bebê estava nascendo. Era uma menina muito pequena. David, um médico experiente, logo teve a terrível constatação de que a criança era portadora da síndrome de Dawn. Traumas nunca superados com a morte de sua irmã, que sofria da mesmo doença e que falecera ainda criança, o levaram a entrar em desespero. Ele amava tanto sua esposa que não suportaria vê-la sofrer e, num ato desatinado, entregou a criança a enfermeira, pedindo que a levasse dali, para uma instituição que recebia crianças nestas condições. Para Nora, deu a notícia de que sua filha nascera morta. Um romance intenso, traumático, onde nos deparamos com as consequências de nossos atos num momento de desespero. Uma mentira leva a outra, uma bola de neve vai se formando  entre as pessoas envolvidas, enchendo de tristeza uma mãe e um amargo pesar e remorso na alma de um pai, que, tentando poupar a família de um fardo tão pesado, acaba minando de angústia e infelicidade a vida de todos. Um livro envolvente e emocionante até a última página .