Composto por três volumes ( O homem que não amava as mulheres; A menina que brincava com fogo; e A rainha do castelo de ar), num total de quase 1800 páginas, esta obra faz jus ao sucesso absoluto de vendas no mundo inteiro. Transformado em três filmes, cada um com o título de cada volume, a produção sueca premia o leitor com uma forma absolutamente fiel a narrativa do autor. De um suspense empolgante, de tirar o fôlego, os livros abordam temas como corrupção nos meios econômicos mundiais, invasão de privacidade, abusos de poder ou, principalmente, a violência sexual contra as mulheres. A personagem mais marcante é da hacker Lisbeth Salender. Um tipo exótico, uma garota esquiva, de uma inteligência acima da média, com um passado tão trágico que deixou marcas profundas em sua personalidade, tornando-a uma pessoa quase marginalizada, totalmente reclusa, que não aceita as regras de civilidade, imposta por uma sociedade hipocrita. Aliando-se a um repórter investigativo, Mikael Blomkvist, ambos percorrem de forma frenética, caminhos tortuosos repletos de violência, muitas vezes de uma realidade brutal, tão profundamente tensos que prendem o leitor de forma arrebatadora. Lamentavelmente, o autor veio a falecer logo após o lançamento de sua obra, não sabendo do sucesso que repercutiu em todo o mundo. Seguindo sua maneira de escrever foram lançados, por outro autor, mais dois livros para a sequência de O Millenniun. Não tenho intenção de lê-los pois quero guardar a lembrança da obra autêntica deste autor maravilhoso.