Um romance empolgante, fascinante, arrebatador. Ao viajarmos por suas 666 páginas, acompanhamos a vida de Ann Eliza Young, a décima nona esposa de um profeta da religião Primeiros Santos dos Últimos Dias, os Mórmons. O tema principal é sobre a poligamia  que, em nome da fé, em nome de Deus e cimentado sobre um sólido e arraigado fanatismo, os homens podiam contrair matrimônio quantas vezes quisessem . Em meados do século XIX, homens, mulheres, e crianças, refugiados do Sião, se uniram, protegidos por Profetas que os ajudaram a formar uma nova civilização em Utah, longe de perseguições políticas ou religiosas. Para eles o Profeta era um enviado direto de Deus e sua palavra era lei.  Não eram tolerados o homossexualismo, a prostituição, ou qualquer tipo de desobediência. Desta forma, por força de várias circunstâncias, Ann casou-se com o Profeta, um desprezível homem idoso. Ele já possuía muitas esposas, mas a cada menina que atingia a puberdade, seu desejo aflorava e durava o tempo de saciar sua libido. Mas Ann não era como as outras mulheres. Ela sempre percebeu que a religião deixava seu povo cego, não se dando conta da barbárie em que viviam, onde vidas eram ceifadas e exploradas e centenas filhos cresciam sem saber o que era um verdadeiro lar. Ela acaba fugindo para disseminar ao mundo as atrocidades praticadas em nome da fé. Conforme o autor, esta é uma história de ficção com relação aos personagens. Os fatos reais foram baseados em relatos de testemunhas, uma vez que todos os documentos foram destruídos pelos profetas após o mundo e os Estados Unidos tomarem ciência e proibirem estes práticas absurdas.  Além da empolgante história este livro nos faz pensar sobre a fé desmedida e sobre o poder que ela exerce nas almas humanas.