Como era costume no século XIX, não havia necessidade de dar instrução às meninas, como ensiná-las a ler e escrever, uma vez que eram destinadas a  serem tão somente esposas e mães. Criados por empregados ou irmãos órfãos Florence e Giles viviam em um castelo, à custa de um misterioso tio. Eram acompanhados por uma governanta que fazia o papel de pai e mãe.

Aos seis anos Giles foi mandado para a escola e Flo ficou em casa, sem nada mais interessante a fazer do que um bordado interminável. Ao descobrir no castelo um linda biblioteca, ficou encantada com todos aqueles livros e, acompanhando às escondidas as aulas de seu irmão, conseguiu aprender a ler sozinha e assim entrar no mundo fascinante da ficção.
Não podendo revelar a ninguém seu segredo, Flo fica tão envolvida nos romances que lê escondida,  que faz de sua solidão e as incríveis aventuras daquelas páginas, um mundo irreal todo seu.

É um livro que prende o leitor, pois se vê envolvido na vida desta menina, não podendo distinguir o que é real ou fruto de uma imaginação alucinante. O fato de ter que esconder seu pecado proibido e a seu obsessivo desejo de proteger seu irmão, faz de uma mistura de Willian Shakespeare e Edgar Allan Poe, uma vida cheia de romance, mistério e um constante e incrível suspense.