Após muitos anos, Françoise retorna a sua terra natal. Viúva, com filhos já adultos, ela veio morar na casa onde passou sua infância com sua mãe e dois irmãos. O lugar era decrépito, o que exigiu muito esforço para que se tornasse um lugar habitável. Ela havia saído desta cidade aos nove anos e assim ninguém a reconheceu o que lhe foi de muito alívio pois não gostaria de ser apontada nas ruas como filha de uma colaboradora dos nazistas. Amargas lembranças lhe vinham à tona com frequência . Mas ela precisa viver e desta forma abre uma creperia que logo faz muito sucesso o que é notícia até em Paris. Para fazer seus quitutes, consulta um velho livro de receitas de sua mãe. Ao ler as anotações com mais atenção, ela vê que nas margens em branco , sua mãe escrevia um diário, onde anotava suas angústias, sua dores, seus segredos. Alem de trazerem recordações, mistérios iam sendo revelados, sentimentos outrora mal compreendidos explicados pela implacável luta de sobrevivência, em uma época de guerra impiedosa e desumana.