Muitas vezes é difícil indicar filmes pois isso meche com o gosto da pessoa, e mais do que gosto a percepção que a pessoa tem do filme, bem como a paciência e curiosidade. Muitos filmes orientais, por pertencer a uma cultura bem mais distante que as da Europa e Américas, é necessário desenvolver uma percepção diferente. Principalmente um tempo diferente, ou seja, os filmes tem longos espaços de “nada” acontecendo entre uma cena e outra que contam a história. As vezes esses espaços são tão longos que você se distrai da própria história do filme… Até você perceber que, como a filosofia oriental, é exatamente neste vazio que você deve preencher com contemplação, observação e projeção – é neste momento que você deve deixar a história entrar em você e você entrar no filme…
Quando você consegue fazer esse exercício de entender a mecânica filosófica dos filmes orientais… BOOOMMMM… Daqueles filmes que você achava chato, demorado, devagar, estranho e incompreensível Você começa a perceber a genialidade, a beleza delicada de fazer arte com o cinema. Toda vez que você for ver um filme oriental (mas não os filmes comerciais – aqueles que eles fazem ‘para gringo ver’ são iguais em todo o mundo…)e você já estiver preparado para fazer esse exercício, você está pronto para ampliar seu catálogo de filmes na sua prateleira mental, virtual ou física.
E uma boa dica para perceber isso e muito mais mistérios da cultura e filosofia oriental é o filme: “Primavera, Verão, Outono, Inverno… e Primavera” do diretor Kim Ki-duk.
Como eu já falei demais, assistam esse filme e, a partir daí, vou poder dar dicas de mais ótimos filmes do lado oriente do nosso planetinha azul.
Abraços paquidérmicos e até mais.